Meus dias no colégio se passaram sempre naquela rotina de dualidade do tempo. Durante o dia, tudo se mostrava chato, cansativo e demorado. Mas quando era chegada a hora de estar com ela, de nos falarmos e matarmos toda a saudade acumulada, parecia que o tempo nunca seria suficiente, eu queria sempre mais. A conexão entre mim e ela era tão perfeita, que às vezes não precisavamos falar para sentir o que se passava uma com a outra; não existia nenhuma cobrança, nem os nomes tivemos o trabalho de perguntar, isso não importava, pessoas são maiores que nomes.
Só conseguia pensar nela todo o tempo, adormecia com ela em minha mente, para depois reencontrá-la em meus sonhos.
E como ela era linda, pensar nela era como acariciar minha mente.
Apenas o fato de não poder estar totalmente com ela naquele momento me deixava insegura, pois tinha medo disso não ser o suficiente para mantermos nossa conexão. Mas eu a desejava tanto, queria poder tocá-la, e sabia que conseguiria, de algum modo. Eu era somente dela.
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