This is who I am, and I'll always be.

domingo, 7 de novembro de 2010

The Longpitch - Cap. XVIII

Pensei em fugir do colégio várias vezes, não só porque eu estava louca para ver a garota dos meus sonhos de perto, mas também porque eu não me adaptava àquela situação. O relacionamento com pessoas é bem difícil, e em um ambiente conturbado e estressante como era aquele lugar para mim, isso se torna extremamente torturante.
Mas eu não fugi, sou muito correta para dar motivo às pessoas de me acharem ainda mais deslocada do mundo do que eu já sou. Tenho orgulho de ser deslocada, se o lugar onde vivemos critica o amor entre duas pessoas e vê a violência como algo tão normal, eu realmente não pertenço a esse mundo.
A garota com quem eu falava à noite ao telefone me levava sempre a um "Oásis em meio ao deserto", ela me fazia esquecer esse mundo cruel e pensar somente nela por alguns momentos. Eu, definitivamente, preferia estar sempre com ela...
Quando eu não estava em meu paraíso particular... eu tinha que conviver naquele colégio, que eu não gostava, com aquelas pessoas, que não gostavam de mim, nem eu delas. Em parte, posso dizer que por minha culpa, pois eu não era o tipo de pessoa propensa a amizades; era deslocada, um pouco porque eu queria ser assim..
Às vezes, eu até me identificava com certas pessoas, como a garota que foi punida por trocar bilhetes apaixonados com uma colega. Ela estava sofrendo com a situação, e conversar com ela me fazia sentir útil, queria ajudá-la de alguma forma.
A crueldade das pessoas é infinita. A menina me contou que estava muito triste, pois estava sendo perseguida por algumas colegas, todos os dias; ela era vítima de piadinhas, agressões verbais e outras coisas. Eu sentia como se aquilo tudo estivesse acontencendo comigo, pois odeio qualquer tipo de preconceito, eu também já havia sofrido bastante por isso..
A pobre garota só estava apaixonada, algo que nem ela mesma tinha culpa de estar sentindo, o amor não conhece razões, ele simplesmente nos toma totalmente, nos mantendo reféns de nossos próprios corações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário